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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto e biografia: es.m.wikipedia.org/

 

 

SALVADOR MEDINA BARAHONA

 

 

(Panamá,  9 de novembro de 1973 )

é poeta, ensaísta, professor de redação, editor e crítico literário

autor de sete livros de poesia e ganhador de vários prêmios literários, que incluem o Prêmio Centro-Americano de Literatura Rogelio Sinán 2  (Menção Poética, período 2001-2002), e o Prêmio Stella Sierra de Poesia, no ano 2000.

Em 2009, seu livro Pasaba yo por los Días rendeu-lhe o Concurso Nacional de Literatura Ricardo Miró , o maior prêmio de Cartas panamenhas para autores nacionais, na seção de poesia.

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL   -    TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

 

POESÍA DE PANAMÁ. Edición bilingüe con las versiones rusas de Pável Grushko.  Ciudad de Panamá: Universidad de Panamá, 2015.  170 p.  21x27 cm.  Cubierta: Pintura de Anna Goncharova “Luna Nueva”. Tapa dura, sobretapa. Tiraje: 1800 ejemplares. Impresso en Colombia pro Prensa Moderna.

Ex./Ej. Bibl. Antonio Miranda

 

 

QUIERO DECIRLE AL MUNDO

 

quiero decirle al mundo
con menos hermetismo y más violencia
que no estoy contento con sus pasos
que no admito ese rodar abrupto e inconsulto
que más que a un porvenir
nos tira a un cuestabajo
sin que haya noticia de amor
del beso la ternura dulce o el descanso
quiero decirle al mundo
con menos hermetismo y más violencia
que aletargue su marcha
porque aún no salga de mis veinte
y ya cuento arrugas
y algunas canas rojas en mi alma

 

 

CUANDO DIOS HIZO EL MUNDO

 

cuando dios hizo el mundo nuestro mundo

(al menos eso me dijeron)
pensó en la belleza y creó la mujer

dos senos hermosos
una cueva secreta
si es esta la prueba
¡aleluya! creo en él

 

 

BUSQUEMOS EL CALOR
BAJO LOS ÁRBOLES

 

hay que emprender la búsqueda
—la indagación más honda
en la butaca del silencio
bajo la crin del ave
y el universo de las piedras

 

todo está surcado por objetos
por claves indecisas y armas

la alegría nacerá en el declive de llanto
y donde salte el humo
se arqueará la palabra el fuego

hay que querernos
entre los fracasos y la desilusiones
las medallas y el éxodo

busquemos el calor bajo los árboles
bajo el terror de las cuevas
entre los pétalos que han caído deshojados

¡ya es hora!
no mintamos nuestra efigie nuestro ya desposeído
no alentemos nuestros pasos al frío
ausencia última en este mundo tantas veces miserable

nuestro anhelo se siente arrinconado
¡y hay que asirlo!
estremecerlo en su horizonte
aflorarlo en este péndulo de angustia
entre nosotros los abandonados
en medio del destierro que es la vida
y el llanto que es la muerte

 

UN POEMA LARGO

 

un poema largo
hoy en día es superfluo
en dos palabras puedes resumir tu historia:

falta amor
 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de ANTONIO MIRANDA

 

 

QUERO DIZER AO MUNDO

 

quero dizer ao mundo
com menos hermetismo e mais violência
que não estou contente com seus passos
que não admito esse rodar abrupto e sem consultar
que mais do que a um porvir
nos lança a um morro abaixo
sem que haja notícia de amor
do beijo da ternura doce ou o descanso
quero dizer ao mundo
com menos hermetismo e mais violência
que colocou em letargo sua marcha
porque ainda não passo dos meus vinte anos
e já ostento rugas
e alguns cabelos rubros em minh´alma

 

 

QUANDO DEUS FEZ O MUNDO

 

quando deus fez o mundo nosso mundo

(pelo menos isso me disseram)
pensou na beleza e criou a mulher

dois seios formosos
uma caverna secreta
se esta é a prova
aleluia! eu creio nele

 

 

BUSQUEMOS O CALOR
DEBAIXO DAS ÁRVORES

 

devemos empreender a busca
—a indagação mais profunda
no assento do silêncio
na crina da ave
e o universo das pedras

 

tudo está sulcado por objetos
pelas claves indecisas e as armas

a alegria nascerá no declive de pranto
e onde salte a fumaça
arqueará a palavra o fogo

devemos querer-nos
entre fracassos e desilusões
as medalhas e o êxodo

busquemos o calor debaixo das árvores
no terror das covas
entre as pétalas que caíram desfolhadas

já é hora!
não mintamos nossa efígie nosso já sem posse
não alentemos nossos passos ao frio
ausência tardia neste mundo tantas vezes miserável

nosso anseio se sente encurralado
há que persegui-lo!
estremece-lo em seu horizonte
aflorarlo neste péndulo de angustia
entre nosotros los abandonados

revela-lo neste pêndulo de angústia
entre nós os abandonados
entre as instâncias rachadas
o medo do desterro que é a vida
e o pranto que é a morte

 

 

UM POEMA LARGO

 

un poema longo
hoje em dia é supérfluo
em duas palavras podes resumir tua história:

falta amor

 

*

 

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http://www.antoniomiranda.com.br/iberoamerica/panama/panama.html

 

 

Página publicada em setembro de 2021


 

 

 
 
 
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